NO MENU FATOS E FOTOS (ACIMA) VOCÊ PODE VER AS FOTOS DA TRAGÉDIA DA EXPLOSÃO NAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO EM SERTÂNIA-PE, CEDIDAS POR ROBSON PATRIOTA.


ATENÇÃO... CONTÉM IMAGENS FORTES!!!

PESQUISAR

RADIO FENIX NET
AJUDE A POR A RÁDIO NO AR, SEJA UM COLABORADOR, FAÇA UM ANÚNCIO CONOSCO!

domingo, 21 de março de 2010

QUEM É A DIREITA EM SERTÂNIA?

QUEM É A DIREITA EM SERTÂNIA?

Na vida política de nosso município a classe política sempre foi marcada pelo pragmatismo de assumir o seu lado, geralmente conservador. Assim ocorreu com

Os nossos grandes líderes e melhores prefeitos que passaram pelo poder local:Manuel Inácio, Arcõncio Lins, João Pereira Vale, Guido Chaves e Marcelo Lafayete. Manuel Inácio como ícone da gente do Moxotó foi o símbolo da feição política destas ribeiras.

A postura de resistência ficava restrita ao comportamento dos vaqueiros enfrentando as caantingas xerófilas na zona rural, aos estudantes da sede do município e aos uns poucos idealistas que disputavam mandatos.

Hoje quem vê o deputado Ângelo Ferreira posando de “socialista” só dá crédito se não conhecer a história política de Sertânia. A origem política de sua família vem da velha UDN ( depois PFL e atual DEM) de Carlos Lacerda, Paulo Maluf e ACM. Seu pai Arlindo Ferreira e seu tio Epaminondas Moraes foram prefeitos udenistas. A esquerda

em Sertânia representada pelo vereador Mafredo Nigro, pelo Advogado João Belarmino

e pelo Líder estudantil Zé Andrade tinha como aliados o PSD de Zé Etelvino Lins e Raul Lafayete. Este era o palanque de Miguel Arraes no município como prova a foto.

Arlindo e Epaminondas eram contra Arraes e apoiavam o usineiro João Cleofas (UDN).

Conta a história, que na época do Golpe militar, o grupo político dos Ferreiras, não só apoiou os militares, como delatou vários esquerdistas que eram seus adversários, que passaram a ser vítimas da repressão.

Arlindo Ferreira dos Santos foi prefeito pela ARENA e pelo PDS, o partido da ditadura, a qual apoiou e foi por ela beneficiado, ele e seus filhos, votando em deputados da velha direita tais como Valfredo Siqueira, Josias Leite, Manoel Ramos e Nilson Gibson. Suas administrações foram marcadas pelo assistencialismo desenfreado e sem critérios, a não ser o político, favorecimento das elites, a exemplo do apoio ao grileiro e latifundiário Marcelo Mota, que queria despejar o povo pobre da Rua da Cruz para promover especulação imobiliária no local, chegando a derrubar dez casas, com o trator cedido pela prefeitura. A desocupação total só não ocorreu devido a ação de estudantes da época e da pastoral da terra liderada pelo diácono Alder Júlio. Os escândalos da emergência, denunciados no Jornal do Brasil em reportagem de 1981, mostram pessoas da burguesia da cidade e cabos eleitorais dos Ferreira dos Santos recebendo o dinheiro que deveria ser pago aos flagelados da seca. O descalabro administrativo era grande, a ponto de deixar para os sucessores seis meses de salários atrasados, oito meses sem fazer a contabilidade do município, corte da energia da iluminação pública da cidade por falta de pagamento. Desvios de dinheiro público comprovado por auditoria do Tribunal de contas. Carro oficial da prefeitura sendo dirigido por filhos do prefeito, para passeio e lanche em Cruzeiro do Nordeste e Arcoverde, inclusive o veículo chegando capotar na estrada próxima a Serra Talhada, num sábado à noite. Nomeação à moda da ditadura, de um interventor para a Casa do Estudante de Sertânia, cujo interventor Tarcísio de Apolônio andava armado na casa e coagindo estudantes a se filiarem ao PDS e expulsando sócios, provocando a revolta estudantil, o que levou o prefeito a tentar fechar a Casa. Expulsão de comerciante do mercado público por questão partidária, utilizando capangas armados. Isto mais tarde iria desenbocar num clima de violência política no município, culminando com o seqüestro, tortura e morte bárbara do comerciante Aluizio Góis de Siqueira, primo de Sinval, a mando do vereador Dema de Caroalina, da bancada dos Ferreira dos Santos e posteriormente no assassinato do irmão de Sinval, Genilson Cavalcanti de Siqueira, assassinado pelo vereador eleito Tarcisio de Apolônio, votado dentro da casa dos Ferreira dos Santos. Mesmo assim tentavam se passar por vítimas e cantando “bandeira branca” abusavam da paciência do povo e debochavam das famílias enlutadas, quando, no seu cinismo eleitoreiro, se arvoravam a serem símbolo da paz. Mas tudo tem e teve seu fim.. Em todos estes períodos os filhos deram todo apoio a todo este estado de coisas, mas dois se destacavam nos bastidores e na linha de frente: Ângelo Rafael Ferreira dos Santos, coordenador da ARENA Jovem e Antônio Henrique Ferreira dos Santos, O Fiapo, líder da JDS- Juventude do PDS.

A Derrocada dos Ferreira dos Santos da prefeitura só foi possível após a descoberta de uma esquema de fraude no cartório eleitoral , envolvendo títulos de ‘defuntos’, que faziam a família ser conhecida como “boa de voto” e foram cancelados. Só assim Sinval venceu e fez um governo de transição, atualizando seis meses de salários atrasados e lidando com uma prefeitura destroçada, enxugando as finanças realizando grandes obras como o canal de Santa cruz e preparando o terreno para a grande administração que seria feita por Marcelo Lafayete. Mas o seu maior mérito foi do ponto de vista político, conseguindo levar Sertânia para o pluralismo, acabando com o maniqueísmo existente: seis candidatos concorreram a sua sucessão: Zé Etelvino(PDC), Antônio Dantas(PTB) , Arlindo Ferreira (PMDB), Paulo Brito(PDT), Welington Santana(PT) e Marcelo Lafayete(PFL), este último o seu sucessor, apoiado por ele. Sinval foi mais moderno do que Ângelo Ferreira, que ressuscitou o atrasado termo “boca-preta”, devolvendo a cidade um pastoril partidarizante superado e maléfico. Derrotados em 1982, com a redemocratização, ficaram sem espaço no PDS e migraram para o PMDB, não sem antes torcerem por Paulo Salim Maluf contra Tancredo Neves na eleição do colégio eleitoral, certamente por saudades dos velhos tempos da UDN.

Eleito prefeito em 1996, Ângelo Ferreira já travestido de PSB, após derrota para Raimundo Góis em 1992, quando ainda era PMDB, Levantou temas que empolgaram o povo. Na prefeitura mostrou-se centralizador, arrogante e prepotente. Chutou aliados, promoveu nepotismo e a perseguição política exarcebada. Com inúmeros escândalos, a sua prática administrativa demonstrou que não possui formação política: ele não é de direita nem de esquerda. Ele é ELE: o culto a sua personalidade, seu fisiologismo, seu eleitoralismo de bolso...

Quando o pessoal do PT veio para oposição e apoiou Sinval em 2008, lá estava ELE, de dedo em riste, acusador: “DIREITA”! “SE JUNTARAM COM A DIREITA! COM OS BOCAS-PRETAS’. Na verdade, os bravos rapazes do PT não se renderam ao chicote e a empáfia dos Ferreiras e fizeram aliança em torno de um programa de governo, registrado em cartório, com aqueles que foram aliados históricos da esquerda em Sertânia. Aliados de Arraes, João Belarmino e Cia. Como se só ele pudesse fazer aliança com partidos de direita, como ele fez com o PP de Maluf no mesmo ano... Como se só ele pudesse se juntar com “boca-pretas”, como fez ao aliar-se a Antônio Queiroz, Aparecida Pinheiro, Jalvacy Dantas, Lívio Chaves, Márcia Ferreira, Lourdes Galindo, Jesus Passos, Zuza do Padre, entre tantos outros... Como se ele não fosse a própria direita...

Basta observar a maneira como eles fazem política, a forma como lidam com o dinheiro público, o jeito com que tratam os adversários, modos típicos do coronelismo de asfalto da velha direita, que foi UDN, ARENA, PDS... e que hoje nos faz constatar:

“PROCURA-SE UM SOCIALISTA NO PSB”